28.6.11


o vento corre
e o dia morre.
o sol desaparece
e o teu amor permanece.

a noite cai
e a tua insegurança vai.
o luar aparece
e o meu amor permanece.

uns centímetros de altura nos saltos cor de paixão. vermelho nos lábios e vestido da cor da noite. no entanto, tudo se torna numa capa contraditória áquilo que na verdade sou. uma capa impermeável e á prova de (quase) tudo. porque serei sempre a eterna mulher com coração e sonhos de menina. a pequena da tua vida.

entre a verdade e a mentira, resta aquilo que consideras real.
aquilo que se enquadra perfeitamente no ideal da tua ilusão
.

vou guardar cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu.

as palavras começam a ser repetitivas. todas as vogais e consoantes que usámos naquele início de tarde cruzaram-se num remoinho de sentimentos e desenvolvimentos. no entanto, o mais irónico foi facto de estarmos continuamente no mesmo nível, assim, sem avanços nem recuos.

torna-se dificil adormecer quando és tu o único que me tira o sono. tento fechar os olhos e ainda assim consigo ver o teu rosto naquele imenso escuro. tento descansar mas tu insistes em invadir todos os meus pensamentos e desejos. desejo-te. desejo-te por inteiro. de corpo e alma. esta noite e sempre.

um longo silêncio diz muito mais do que umas breves palavras em tempo record.
e esse truque já o conhecemos de ginjeira.

e aqui, de volta ao luar
a minha vida tende a voltar.
recordo as nossas promessas,
os nossos anseios.
e o meu coração já sem rodeios
anda a mil, aqui,
junto a ti,
dando voltas e reviravoltas,
percorrendo cada veia,
cada milimetro de sangue.

dizem que há limites para (quase) tudo, mas aquilo que sinto por ti é ilimitado. cresce e vai crescendo á medida que vamos aprendendo com os erros, com os nossos próprios erros.

19.6.11


procuro a peça que falta no meu puzzle e a solução deste enigma. procuro o xarope que outrora me salvou de tempestades e remoinhos, o mesmo que me tirou do abismo. procuro-te. procuro o refugio, o carinho e a harmonia que me foi tirada. procuro um amor que seja bom para mim. um amor ao qual prometo que o tratarei bem para que não tenha medo assim que começar a contar todos os meus segredos. procuro-te meu anjo. procuro o teu nome. onde estás ?

13.6.11


acho fascinante o padrão sentimental que ambos os nossos corações fazem aquando juntos.

- porque há sempre algo que nos afasta ? - perguntei-lhe enquanto uma lágrima percorria a minha face.
- não faças perguntas dificéis... eu amo-te e por mais que haja uma linha que nos afaste haverá sempre duas ou três com uma força maior a juntar-nos. haverá sempre uma ligação entre nós e eu sei que tu também a sentes. sei que vives com ela, tal como eu.

7.6.11


não sei se é o vazio dentro de mim ou se o céu pouco iluminado que faz acentuar a tua ausência.

hoje dois pontos de vista diferentes confrontaram-me : ou segues a tua consicência ou o teu coração. e eu em semelhante espanto perguntei á minha própria vida: - '' valerá a pena fechar os olhos e sair deste jogo apenas com o segundo lugar ? ou a melhor estratégia é desistir e abandonar tudo, á procura de algo que me preencha por inteiro ? ''
sempre fui muito indecisa. é como escolher entre baunilla e chocolate naquelas gelatarias de verão, em que acabo por pedir ambos os sabores, tornando-os num só. e o mesmo se aplica a isto de sentimentos, em que o coração tem de andar de mão dada com a consciência para assim evitar destroços e destroçados...

é do dia para a noite que os lobisomens se transformam no entanto tu transfiguras-te de um momento para outro e sem aviso prévio...