nota-se perfeitamente quando o amor nos invade: tudo fica tão simples, os problemas passam a ser obstáculos insignificantes e tudo parece estar a florir, o vento torna-se leve e um sabor doce paira no ar. sentimos uma força desconhecida e ao mesmo tempo uma vontade de nada fazer . só queremos a presença de outrém. e a felicidade permanece em nós transformando o imperfeito, e ainda que improvável, em total perfeito.
30.5.11
nota-se perfeitamente quando o amor nos invade: tudo fica tão simples, os problemas passam a ser obstáculos insignificantes e tudo parece estar a florir, o vento torna-se leve e um sabor doce paira no ar. sentimos uma força desconhecida e ao mesmo tempo uma vontade de nada fazer . só queremos a presença de outrém. e a felicidade permanece em nós transformando o imperfeito, e ainda que improvável, em total perfeito.
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escrito pela Sónia ' às
18:29
sempre se ouviu dizer que era apaixonada por ele desde o primeiro dia . sempre lhe disseram que entrava num outro mundo só de pensar nele . um mundo sentimental onde as personagens principais se completavam e deixavam o sentimento crescer sem interogações nem porquês.
seria amor, ou então destino. e o amor tem destas coisas: onde o mundo pára e tudo se torna abstrato fazendo constraste com o batimento cardiaco acelarado dele e com a sensação de borboletas na barriga dela..
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escrito pela Sónia ' às
18:23
25.5.11
24.5.11
23.5.11
caminhavas.
caminhavas em passo largo,
ritmado
na procura
da água da fonte,
do vento Norte,
e da estrela polar.
no limite do Horizonte,
continuavas a caminhar,
para que a razão te devolvesse o tempo
e te emprestasse
um espaço
onde pudesses esgavatar o sonho,
remexer o encanto
e encontrar
uma réstia de luar.
caminhavas, com a pressa do vento,
no silêncio do Pensamento.
caminhavas com a força da vontade,
no risco da Verdade.
caminhavas. procuravas. sonhavas, junto a mim
21.5.11
19.5.11
é incrível como o meu ser ainda não conseguiu alcançar a felicidade. é certo que ele próprio tem procurado esse caminho, mas flutuando por atalhos. o grande problema está no meu pensamento, e o seu maior inimigo está dentro dele.
nós, somos criadores dos nossos próprios pensamentos. pensamentos esses que nos libertam ou nos escravizam. pensamentos que não resultam das circunstâncias; vêm do nosso interior. eles interpretam e determinam o que vemos, embora, muitas vezes, nos pareça o contrário.
e esta capacidade que o meu subconsciente contém de abstracção vai vasculhar toda a memória do pó do passado. e eu, tenho somente um pensamento. uma ambição na qual tu intersectas. que tanto me faz sofrer por algo que já se extinguiu; mas ao mesmo tempo me preocupa. uma preocupação sobre o desenvolvimento desta doença ao longo do decorrer do futuro. a nossa ''doença''.
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escrito pela Sónia ' às
21:48
18.5.11
uma estrela cadente caiu do teu coração e desembarcou nos meus olhos.
gritei em voz alta, enquanto ela os rasgava. deixou-me cega. sem reacção.
as estrelas, a lua, todas elas explodiram.
deixaste-me no escuro. onde não há madrugada, não há dia.
e eu estou sempre neste crepúsculo: - na sombra do teu coração
- tudo isto para chegar á conclusão que amar-te é, por vezes, muito perigoso.
deixaste-me no escuro. onde não há madrugada, não há dia.
e eu estou sempre neste crepúsculo: - na sombra do teu coração
- tudo isto para chegar á conclusão que amar-te é, por vezes, muito perigoso.
17.5.11
chamam-lhe garra.
chamam-lhe força e resistência.
eu chamo-lhe amor, um amor daqueles dificéis. o nosso amor.
porque nada é perfeito, e este sentimento não foge a essa regra.
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escrito pela Sónia ' às
23:13
o sol brilhava, quente e silencioso, em pleno inicio de tardar.
o vento teria adormecido.
e os cheirinhos caractarísticos das flores perfumavam toda aquela ilusão.
ela procurava. procurava dançando um amor que a quisesse.
seu primeiro nome era Maria,
rapariga forte e sem qualquer mania.
era simples e florida.
somente sorria,
e jamais seria fria.
ela aquecia,
tudo o que ninguém queria.
ela queria,
a mais bela periferia.
determinada,
e nada odiada,
construía
em função do seu guia.
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escrito pela Sónia ' às
00:17
15.5.11
a música absorve o meu subconsciente enquanto observo, com atenção, cada simples movimento. cada fechar de olhos. cada respirar de ar. cada traço teu. essa tua serenidade habitual inquieta o meu simples coração. no que estarás a pensar ? o que estarás a sentir ? gostaría de compreender afincadamente cada gesto. cada promenor que vagueia na tua mente.
em ti.
14.5.11
deixei tudo para trás sem me importar com a relevância dos objectos nessa tarde. passeava com o sentido literal da palavra, de ouvidos tapados e boca quase cozida, sem que o ar gelasse a minha garganta nem a minha alma. o sol brilhava, ou provavelmente o céu chorava, não me lembro. sei que apressei o passo, quando, no fundo da rua, algo brilhava. era o teu sorriso . o pulsar do teu coração. mas, e como sempre, resolveste seguir outra direcção, ignorando a minha presença, a luz do teu próprio coração. -adp.
13.5.11
por mais que tente, a minha consciência apaga tudo o que olhos vêm. memoriza apenas o teu melhor e elimina o teu pior. teima em alimentar algo já sem vida. teima em revitalizar algo já morto. é como se estivesse a insistir num nada fora da linha da realidade. um nada que me preenche por completo. um sonho. um vazio. tu.
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escrito pela Sónia ' às
19:07
ainda me lembro do inicio. como poderia esquecer algo tão imprevisível, tão invisível ? e apesar de conhecer os teus vazios: as tuas lamentações sabem a impureza. as tuas respostas a indelicadeza.
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escrito pela Sónia ' às
19:07
12.5.11
a capa da tua personalidade é por vezes contraditória áquilo que será no desconhecido o teu 'verdadeiro eu' .
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escrito pela Sónia ' às
00:19
9.5.11
observei-o. estava junto à orla da floresta, no sítio onde as árvores começaram a rarear e cheirei o ar: eram, na maioria, os cheiros mortos daquela altura do ano. porém, de vez em quando, a brisa intermitente trazia até mim o seu perfume, entoando noutra língua recordações de uma vida noutra forma. o seu rosto estava voltado para as árvores, mas eu estava invisível, intangível, reduzida a uns simples olhos. eu era apenas um fantasma naquela floresta: silenciosa, imóvel, fria.
ele suspirou várias vezes e, por fim, saiu a correr sem destino prévio. e eu estava ali, quase ao alcance dele, mas a milhares de quilómetros de distância. '' -ms
7.5.11
com o cabelo em tons de castanho apanhado, bloco de notas na mão, musica na alma e contigo no coração, fui percorrendo todo aquele trajecto rumo a ti. e tu, com esses braços bem abertos, me esperaste pronto a abraçar-me, a amar-me da maneira que só ambos conheçe-mos.
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escrito pela Sónia ' às
16:30
O telémovel estava a tocar. foi a primeira coisa que pensei. a segunda foi que o braço nu do Jasm estava sobre o meu peito. a terceira foi que o meu corpo estava frio no sitio aonde os cobertores não chegavam . pestanejei para tentar acordar, estranhamente desorientada no meu próprio quarto. demorei algum tempo a perceber que o mostrador geralmente brilhante do meu despertador estava ás escuras e que as únicas luzes que haviam eram a do luar que entrava pela janela semi-aberta e a do ecrã do telemóvel a tocar. Pus uma mão de fora para lhe pegar, tendo o cuidado de nao perturbar o braço do Jasm sobre o meu corpo; e quando finalmente consegui agarrar-lhe, este já tinha parado de tocar. restou: uma chamada não atendida. os meus olhos mal conseguiam ver qual o nome do autor desta barulheira toda, estavam demasiados cansados para tal, e eu, pouco me preocupei. tornei a puxar cuidadosamente os cobertores e descobri-o aninhado em mim, com a cabeça encostada ao meu lado e apenas a curva pálida e nua dos seus ombros visível sob a luz ténue que nos iluminava.
Estava constantemente a querer achar aquilo errado: o seu corpo encostado ao meu, mas sentia-me tão viva que o meu coração batia descompassadamente. era isto, o Jasm e eu, a minha verdadeira vida.
Na manhã depois de eu e o Jasm termos contemplado a noite juntos, parecia que a ideia que dominava o meu estado de espirito era que os nossos pais não faziam a menor ideia. achei que era normal. achei que era normal sentir-me um pouco culpada. achei que era normal aquela sensação de vertigem. era como se sempre tivesse pensado que eu era um quadro completo, e o Jasm me tivesse revelado que afinal eu era um puzzle e me tivesse separado em inúmeras peças , e voltando a juntá-las. Estava profundamente consciente de cada emoção diferente que sentia, todas elas perfeitamente encaixadas umas nas outras. Jasm também estava em silêncio. tinha deixado que fosse eu a guiar e segurava a minha mão direita entre as suas, enquanto eu guiava com a outra. era capaz de dar um milhão de euros para saber o que ia a pensar.
- o que queres fazer hoje à tarde ? - perguntei por fim.
Ele olhou pela janela, deslizando os dedos pelas costas da minha mão. o mundo lá fora parecia seco, feito de papel. olhou na direcção dos meus olhos e sussurrou:
- amar-te ! ''
- [m.s]
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escrito pela Sónia ' às
15:57
4.5.11
sei que esperas que o vento traga as tuas certezas, que o silêncio decida por ti . e até lá esperas e não te aplicas. os meus olhos estão prestes a fechar, o meu corpo está cansado e o meu coração, desgastado. e é através dos rascunhos amontoados nas gavetas que começo a perceber que pouco sei da tua personagem. e àquilo que pensava ser verdadeiro, tu provaste literalmente o seu contrário.
tu inquietas a minha alma. activas a minha ansiedade e metes á prova a minha sensibilidade . tudo porque és o código mais complicado e exaustivo de descodificar. foges à tua trajectória inicial . mas eu fico aqui, a fazer-me amar por ti, até que o meu coração interfira no teu.
o tempo corre e eu fico aqui sem reação.
as ondas tão fragéis, dançam num vai-vem emocional , e eu, continuo aqui, sem reação, a amar-te. à espera do verdadeiro raio de sol que iluminará nossos corações.
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escrito pela Sónia ' às
01:04
3.5.11
2.5.11
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