18.7.11



Depois de voltas, revoltas interiores e reviravoltas, chego á conclusão que nada sei de ti. Durante este tempo todo criaste a mais perfeita fantasia onde o cenário não passava de um imenso azul irreal, onde o limite era certamente o céu limpo, sem restos de nuvens, sem vestígios de lágrimas perdidas pelo ar. Uma fantasia onde tu eras personagem principal com esquemas inteiramente detalhados para deixar o meu puzzle, antes completo, partido agora em milhares de pedacinhos. E Tu, bem sabes que aquilo que é
reparado inúmeras vezes não tem a mesma essência.

Meu amor, há muitos crimes que não têm perdão e um deles é magoar sem dó nem piedade. Podias ter-me roubado tudo menos o meu coração e toda a filosofia que tenho vindo a defender. Tu simplesmente não tinhas o direito de me deixar desorientada e ainda por cima, sem um mapa ou uma direcção para seguir rumo para uma outra vida. E então, que levarei eu desta vida ? Um sorriso irónico nos lábios, uma lágrima falsa no canto do olho? Ou levarei um reviver doutros tempos com uma sonora gargalhada, um olhar cúmplice e um amor sentido ? Ou levarei apenas, um sentir do toque do futuro?

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